Mar
português
Ó mar
salgado, quanto do teu sal
São
lágrimas de Portugal!
Por te
cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos
filhos em vão rezaram!
Quantas
noivas ficaram por casar
Para
que fosses nosso, ó mar!
Valeu
a pena? Tudo vale a pena
Se a
alma não é pequena.
Quem
quer passar além do Bojador
Tem
que passar além da dor.
Deus
ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas
nele é que espelhou o céu.
(PESSOA,
F. Mensagens. São Paulo: Difel, 1986)
Nos
versos 1 e 2, a hipérbole e a metonímia foram utilizadas para subverter a
realidade. Qual o objetivo dessa subversão para a constituição temática do
poema?
A) Criar
um fato ficcional ao comparar o choro das mães ao choro da natureza.
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