Os
próprios senhores de engenho eram uns gulosos de doce e de comidas adocicadas.
Houve engenho que ficou com o nome de “Guloso”. E Manuel Tomé de Jesus, no seu
Engenho de Noruega, antigo dos Bois, vivia a encomendar doces às doceiras de
Santo Antão; vivia a receber presentes de doces de seus compadres. Os bolos feitos
em casa pelas negras não chegavam para o gasto.
O
velho capitão-mor era mesmo que menino por alfenim e cocada. E como estava
sempre hospedando frades e padres no seu casarão de Noruega, tinha o cuidado de
conservar em casa uma opulência de doces finos.
(FREYRE,
G. Nordeste: aspectos da influência da cana sobre a vida e a paisagem do
Nordeste do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1985 - adaptado)
O
texto relaciona-se a uma prática do Nordeste oitocentista que está evidenciada
em:
A)
Produção familiar de bens para festejar as datas religiosas.
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