Para
Boris Johnson, é preciso agir agora
Publicado em
01/11/2021 - 16:50 Por Agência Brasil - Brasília
O
primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse hoje (1º), na Conferência da
Organização das Nações Unidas sobre o Clima (COP26) - que ações são cruciais
para evitar efeitos desastrosos decorrentes da mudança climática. E que a
humanidade já esgotou seu tempo no esforço contra essa mudança. "Estamos a
um minuto da meia-noite e precisamos agir agora", disse Johnson na
cerimônia de abertura em Glasgow, na Escócia. A cúpula começou nesta
segunda-feira e líderes mundiais, especialistas do clima e ativistas prometem
ação decisiva para deter o aquecimento global.
Após a
apresentação de um breve vídeo de Brian Cox e de um poema de Yrsa Daley Ward, o
premiê lembrou que nos filmes normalmente os "espiões" tentam impedir
que alguma força acabe com o mundo. "Podemos não nos sentir um James Bond,
mas temos a oportunidade e o dever de fazer desta cúpula o momento em que a
humanidade começou a desarmar essa bomba, o momento quando começamos
irrefutavelmente a virar a maré e a lutar contra as alterações climáticas"
Para
Johnson, o dia do "apocalipse ambiental" está cada vez mais próximo.
Guterres
O
secretário-geral da ONU, António Guterres, lembrou ao plenário da conferência
que os seis anos mais quentes já registrados ocorreram a partir de 2015. Para
ele, é agora ou nunca para a humanidade decidir entre a extinção ou a salvação.
O G20 é
responsável por cerca de 80% das emissões de dióxido de carbono, o gás
produzido pela queima de combustíveis fósseis, que é a causa principal das
ondas de calor, secas, inundações e tempestades que estão aumentando de
intensidade em todo o mundo.
Merkel
A chanceler
alemã, Angela Merkel, defendeu, durante o encontro, que fixar um preço para as
emissões de dióxido de carbono é a melhor maneira de garantir que as indústrias
e atividades econômicas se empenhem em atingir a neutralidade carbônica.
"Apelo
que se coloque um preço nas emissões de dióxido de carbono, como já fazemos na
União Europeia, como a China pretende fazer e como precisamos aplicar em outros
países do mundo. Se o fizermos, podemos garantir que as nossas indústrias, as
nossas atividades econômicas desenvolvam as melhores tecnologias e métodos para
atingirem a neutralidade carbônica", declarou.
Merkel
salientou que acabar com o uso de combustíveis fósseis, como o carvão, para
produção de energia não depende apenas da ação dos governos.
É preciso,
defendeu, "mudar a maneira de fazer negócios" e caminhar para uma
"transformação abrangente", que encoraje a passagem para
"mobilidade e processos industriais sem emissões de carbono".
Macron
O presidente
francês, Emmanuel Macron, disponibilizou 7 bilhões de euros para ajudar os
países mais pobres a reduzir as emissões de carbono. Ele alertou, no entanto,
que são os países mais poluentes que têm de fazer mais esforços.
O objetivo
da COP26, segundo Macron, é conseguir que os principais emissores, cujas
estratégias nacionais não não estão de acordo com o compromisso de limitar o
aumento da temperatura global a 1,5 graus, elevem as suas ambições ao longo dos
próximos 15 dias.
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