IPCA-15:
prévia da inflação sobe 1,17% em novembro
Acumulado
em 12 meses fica em 10,73%, impactado pela alta na gasolina
Publicado em
25/11/2021 - 10:09 Por Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil - Rio de
Janeiro
A prévia da
inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15
(IPCA-15), apresentou alta de 1,17% em novembro. O resultado representa a maior
variação para o mês desde 2002, quando o índice ficou em 2,08%.
No mês
passado, o IPCA-15 ficou em 1,20% e em novembro de 2020, 0,81%. O acumulado do
ano está em 9,57% e em 12 meses a prévia da inflação está em 10,73%, acima dos
10,34% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Os dados foram
divulgado hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Todos os
grupos de serviços e produtos pesquisados tiveram alta na prévia de novembro. O
maior impacto individual no indicador foi da gasolina, que ficou 6,62% mais
cara no mês, influenciando o resultado dos transportes, com variação de 2,89%,
a maior entre os grupos pesquisados. No ano, a gasolina subiu 44,83% e em 12
meses a alta acumulada é de 48%.
O transporte
por aplicativo teve alta de 16,23% na prévia de novembro, após ter subido
11,60% em outubro. Já as passagens aéreas ficaram 6,34% mais baratas, depois de
subir 28,76% na prévia de setembro e 34,35% em outubro.
No grupo
habitação, que subiu 1,06%, a maior contribuição foi do gás de botijão, que
teve a décima oitava alta consecutiva, ficando 4,34% mais caro em novembro. O
produto acumula alta de 51,05% desde junho de 2020. A energia elétrica
desacelerou e subiu 0,93%, após subir 3,91% em outubro. Além do reajuste em
Goiânia, Brasília e São Paulo, desde setembro está em vigor a bandeira
tarifária Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100
kWh consumidos.
O grupo
alimentação e bebidas desacelerou, com alta de 0,4% em novembro, depois de
subir 1,38% em outubro. As principais altas foram do tomate (14,02%),
batata-inglesa (14,13%), cebola (7%), frango em pedaços (3,07%) e queijo
(2,88%). Por outro lado, houve queda no preço das carnes (-1,15%), leite longa
vida (-3,97%) e frutas (-1,92%).
Em saúde e
cuidados pessoais, os itens higiene pessoal (1,65%) e produtos farmacêuticos
(1,13%) foram as maiores influências para a alta de 0,80% na prévia do mês.
Vestuário subiu 1,59%, educação ficou estável, com alta de 0,01%, e artigos de
residência ficaram 1,53% mais caros, despesas pessoais subiram 0,61% e o grupo
comunicação teve alta de 0,32% na prévia de novembro.
Regiões
Segundo o
IBGE, todas as áreas pesquisadas tiveram alta no IPCA-15 de novembro. A maior
variação foi em Goiânia, com alta de 1,86%, puxada pelo reajuste da energia
elétrica (10,93%) e pela gasolina (5,87%). A menor inflação foi medida na região
metropolitana de Belém, que subiu 0,76%, com a queda de 2,05% na energia
elétrica e de 9,3% no açaí.
O IPCA-15
difere do IPCA pelo período de coleta, que vai do dia 16 do mês anterior ao 15
do mês de referência, e nas regiões pesquisadas. A população-objetivo do
IPCA-15 são as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, residentes
nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo
Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além do Distrito
Federal e do município de Goiânia.
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