Mercado
financeiro prevê inflação em 10,15% e expansão do PIB em 4,78%
Para
2022, caiu a previsão de crescimento do PIB de 0,70% para 0,58%
Publicado
em 29/11/2021 - 09:06 Por Agência Brasil - Brasília
A
previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), considerada a inflação oficial do país, subiu de 10,12% para 10,15%
neste ano. Essa foi a 34ª elevação consecutiva da projeção. A estimativa está
no Boletim Focus de hoje (29), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco
Central (BC), com a expectativa das instituições para os principais indicadores
econômicos.
Para
2022, a estimativa de inflação subiu 4,96% para 5%. Para 2023 e 2024, as
previsões foram mantidas em 3,42% e 3,10%, respectivamente.
A
previsão para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo
BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,75% para
este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para
baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior de 5,25%. Para 2022 e
2023, as metas são 3,5% e 3,25%, respectivamente, com o mesmo intervalo de
tolerância.
Taxa
de juros
Para
alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a
taxa básica de juros, a Selic, definida em 7,75% ao ano pelo Comitê de Política
Monetária (Copom). Na última reunião do Copom deste ano, nos dias 7 e 8 de
dezembro, a previsão do mercado financeiro é que a Selic suba para 9,25% ao
ano.
Para
o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica chegue a 11,25% ao ano. E
para 2023 e 2024, a previsão é de Selic em 7,75% ao ano e 7% ao ano,
respectivamente.
Quando
o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda
aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem
o crédito e estimulam a poupança. Além disso, os bancos consideram outros
fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de
inadimplência, lucro e despesas administrativas.
Quando
o Copom reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com
incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e
estimulando a atividade econômica.
PIB
e câmbio
As instituições financeiras consultadas pelo BC reduziram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 4,80% para 4,78%. Para 2022, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 0,58%. Na semana passada, a estimativa de expansão era 0,70%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2% para ambos os anos.
A
expectativa para a cotação do dólar se manteve em R$ 5,50 para o final deste
ano. Para o fim de 2022, a previsão é de que a moeda americana também fique
nesse patamar.
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