Lisboa:
aventuras
tomei
um expresso
cheguei
de foguete
subi
num bonde
desci
de um elétrico
pedi
um cafezinho
serviram-me
uma bica
quis
comprar meias
só
vendiam peúgas
fui
dar a descarga
disparei
um autoclisma
gritei
"ó cara!"
respondeu-me
"ó pá!"
positivamente
as
aves que aqui gorjeiam
não
gorjeiam
[como
lá.
(PAES,
J. P. A poesia está morta mas juro que não fui eu. São Paulo: Duas Cidades,
1988)
No
texto, a diversidade linguística é apresentada pela ótica de um observador que
entra em contato com uma comunidade linguística diferente da sua. Esse
observador é um:
A)
falante do português brasileiro relatando o seu contato na Europa com o
português lusitano.
B)
imigrante em Lisboa com domínio dos registros formal e informal do português
europeu.
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