A
literatura de cordel é ainda considerada, por muitos, uma literatura menor. A
alma do homem não é mensurável e — desde que o cordel possa exprimir a
história, a ideologia e os sentimentos de qualquer homem — vai ser sempre o
gênero literário preferido de quem procura apreender o espírito nordestino. Os
costumes, a língua, os sonhos, os medos e as alegrias do povo estão no cordel.
Na nossa época, apesar dos jornais e da TV — que poderiam ter feito diminuir o
interesse neste tipo de literatura — e da falta de apoio econômico, o cordel
continua vivo no interior e em cenáculos acadêmicos.
A
literatura de cordel, as xilogravuras e o repente não foram apenas um
divertimento do povo. Cordéis e cantorias foram o professor que ensinava as
primeiras letras e o médico que falava para inculcar comportamentos sanitários.
O cordel e o repente fazem, muitas vezes, de um candidato o ganhador da banca
de deputado. E assim, lendo e ouvindo, foi-se formando a memória coletiva desse
povo alegre e trabalhador, que embora calmo, enfrenta o mar e o sertão com a
mesma valentia.
(BRICKMANN,
L. B. E de repente foi o cordel)
O
gênero textual cordel, também conhecido como folheto, tem origem em relatos
orais e constitui uma forma literária popular no Brasil. A leitura do texto
sobre a literatura de cordel permite:
A)
descrever esse gênero textual exclusivamente como instrumento político.
D)
avaliar o baixo custo econômico dos folhetos expostos em barbantes.
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