Seu
nome define seu destino
"O
nome pode ter uma força determinante sobre o seu destino", diz James
Bruning, professor da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, que passou 20
anos estudando a psicologia dos nomes. "Na maioria das vezes, o impacto
vem da expectativa que ele cria nas demais pessoas. É comum julgarmos alguém
com base no nome, mesmo que isso seja um bocado injusto." Ele cita um
exemplo óbvio: espera-se que alguém com nome oriental seja bom em matemática,
por isso é possível que um empregador dê preferência a um nome japonês para uma
vaga de programador.
"O
nome próprio da pessoa marca a sua identidade e a sua experiência social, e por
isso é um dado essencial na sua vida", diz Francisco Martins, professor do
Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília e autor do livro Nome
próprio (editora UnB). "Mas não dá para dizer que ele conduz a um destino
específico. É você quem constrói a sua identidade. Existe um processo de
elaboração, em que você toma posse do nome que lhe foi dado. Então, ele pesa,
mas não é decisivo." De acordo com Martins, essa apropriação do nome se dá
em várias fases: na infância, quando se desenvolve a identidade sexual; na
adolescência, quando a pessoa começa a assinar o nome; no casamento, quando ela
adiciona (ou não) o sobrenome do marido ao seu. "O importante é a pessoa
tomar posse do nome, e não ficar brigando com ele."
(CHAMARY,
J.V.; GIL, M. A. Knowledge, jul. 2010)
O
título do texto propõe uma discussão em que são evocadas as opiniões de dois
especialistas. Há a relativização do valor dado ao nome próprio, a qual se
configura na:
A) argumentação
desenvolvida pelo professor James Bruning.
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