O nome
do inseto pirilampo (vaga-lume) tem uma interessante certidão de nascimento. De
repente, no fim do século XVII, os poetas de Lisboa repararam que não podiam
cantar o inseto luminoso, apesar de ele ser um manancial de metáforas, pois
possuía um nome “indecoroso” que não podia ser “usado em papéis sérios”:
caga-lume. Foi então que o dicionarista Raphael Bluteau inventou a nova
palavra, pirilampo, a partir do grego pyr, significando ‘fogo’, e lampas,
“candeia”.
(FERREIRA,
M. B. Caminhos do português; exposição comemorativa do Ano Europeu das Línguas.
Portugal: Biblioteca Nacional, 2001)
O
texto descreve a mudança ocorrida na nomeação do inseto, por questões de tabu
linguístico. Esse tabu diz respeito à:
A)
recuperação histórica do significado.
0 Comentários