Uma
noite em 67, de Renato Terra e Ricardo Calil. Editora Planeta, 296 páginas.
Mas
foi uma noite, aquela noite de sábado 21 de outubro de 1967, que parou o nosso
país. Parou pra ver a finalíssima do Ili Festival da Record, quando um jovem de
21 anos chamado Eduardo Lobo, o Edu Lobo, saiu carregado do Teatro Paramount em
São Paulo depois de ganhar o prêmio máximo do festival com Ponte io, que cantou
acompanhado da charmosa e iniciante Marília Medalha.
Foi
naquela noite que Chico Buarque entoou sua Roda viva ao lado do MPB-4 de Magro,
o arranjador. Que Caetano Veloso brilhou cantando Alegria, alegria com a
plateia ao som das guitarras dos Beat Boys, que Gilberto Gil apresentou a
tropicalista Domingo no parque com os Mutantes.
Aquela
noite que acabou virando filme, em 2010, nas mãos de Renato Terra e Ricardo
Calil, agora virou livro. O livro que está sendo lançado agora é a história
daquela noite, ampliada e em estado que no jargão jornalístico chamamos de
matéria bruta. Quem viu o filme vai se deliciar com as histórias - e algumas
fofocas - que cada um tem para contar, agora sem os cortes necessários que um
filme exige. E quem não viu o filme tem diante de si um livro de histórias,
pensando bem, de História.
(VILLAS,
A. Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acesso em: 18 jun. 2014 - adaptado)
Considerando
os elementos constitutivos dos gêneros textuais circulantes na sociedade, nesse
fragmento de resenha predominam:
A)
caracterizações de personalidades do contexto musical brasileiro dos anos 1960.
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