TEXTO
I
A
invasão dos marcianos
O
cineasta Orson Welles, em outubro de 1938, propôs à rádio Columbia Broadcasting
System uma transmissão diferente: uma adaptação de A guerra dos mundos. A obra
é um dos livros de ficção científica mais famosos do escritor H. G. Wells. Na
época de sua publicação, foi considerado perigoso, pois poderia causar fobias
nos leitores.
Depois
de passar 15 dias convencendo a direção da rádio a não colocar a locução na
programação do dia, a transmissão foi ao ar às 20 horas do dia 30 de outubro
daquele ano.
Depois
das previsões meteorológicas, a rádio começou a tocar música. Houve uma
interrupção brusca e o locutor disse: “A C.B.S. interrompe seu programa para
anunciar aos ouvintes que um meteoro de grandes dimensões caiu em Grovers Hill,
no Estado de Nova Jersey, a algumas milhas de Nova York”. A música voltou e
novamente foi interrompida para a entrevista com um professor de meteorologia
sobre a origem dos meteoros. Em seguida, entrou no ar um repórter falando sobre
o meteoro e os muitos curiosos ao redor. Então, o enviado especial começou a
descrever o meteoro se abrindo e dele saindo seres gigantescos com tentáculos.
De repente, ele foi morto por raio disparado pelos seres extraterrestres.
Logo
chegaram à CBS as primeiras notícias de que a população estava histérica. No
entanto, o diretor da estação resolveu não anunciar que tudo não passava de uma
transmissão fictícia e decidiu continuar. “Vocês acabaram de ouvir a primeira
parte de uma irradiação de Orson Welles, que radiofonizou a obra A guerra de
dois mundos, do famoso escritor inglês H. G. Wells”.
TEXTO
II
Escrava
Isaura
As novelas
brasileiras fazem muito sucesso no exterior. A adaptação do romance A escrava
Isaura é um exemplo de sucesso mundial. Segundo o Guia dos Curiosos, “seu
sucesso no exterior foi tamanho que influenciou acontecimentos importantes da
História”. O site registra também que “em Cuba, o governo chegou a cancelar o
racionamento de energia elétrica durante o horário da novela”.
Os
textos I e II tratam da adaptação de obras ficcionais para o rádio e a
televisão, tecnologias de comunicação e informação predominantes em
determinadas épocas. São efeitos sociais dessas respectivas transmissões:
A) a
negação dos avanços tecnológicos e a resistência a ideais políticos
totalitários.
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