TEXTO
I
A
língua ticuna é o idioma mais falado entre os indígenas brasileiros. De acordo
com o pesquisador Aryon Rodrigues, há 40 mil índios que falam o idioma. A
maioria mora ao longo do Rio Solimões, no Alto Amazonas. É a maior nação
indígena do Brasil, sendo também encontrada no Peru e na Colômbia. Os ticunas
falam uma língua considerada isolada, que não mantém semelhança com nenhuma
outra língua indígena e apresenta complexidades em sua fonologia e sintaxe. Sua
característica principal é o uso de diferentes alturas na voz.
O uso
intensivo da língua não chega a ser ameaçado pela proximidade de cidades ou
mesmo pela convivência com falantes de outras línguas no interior da própria
área ticuna: nas aldeias, esses outros falantes são minoritários e acabam por
se submeter à realidade ticuna, razão pela qual, talvez, não representem uma
ameaça linguística.
(Língua
Portuguesa, n. 52, fev. 2010 – adaptado)
TEXTO
II
Riqueza
da língua
“O
inglês está destinado a ser uma língua mundial em sentido mais amplo do que o
latim foi na era passada e o francês é na presente”, dizia o presidente
americano John Adams no século XVIII. A profecia se cumpriu: o inglês é hoje a
língua franca da globalização. No extremo oposto da economia linguística
mundial, estão as línguas de pequenas comunidades declinantes. Calcula-se que
hoje se falem de 6 000 a 7 000 línguas no mundo todo. Quase metade delas deve
desaparecer nos próximos 100 anos. A última edição do Ethnologue — o mais
abrangente estudo sobre as línguas mundiais —, de 2005, listava 516 línguas em
risco de extinção.
(Veja,
n. 36, set. 2007 - adaptado)
Os
textos tratam de línguas de culturas completamente diferentes, cujas realidades
se aproximam em função do(a):
A)
semelhança no modo de expansão.
E) fato
de motivarem o desaparecimento de línguas minoritárias.
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