O
adolescente
A vida
é tão bela que chega a dar medo
Não o
medo que paralisa e gela,
estátua
súbita,
mas
esse
medo fascinante e fremente de curiosidade
[que
faz
o
jovem felino seguir para frente farejando o vento
ao
sair, a primeira vez, da gruta.
Medo
que ofusca: luz!
Cumplicentemente,
as
folhas contam-te um segredo
velho
como o mundo:
Adolescente,
olha! A vida é nova...
A vida
é nova e anda nua
-
vestida apenas com o teu desejo!
(QUINTANA,
M. Naruz vidro. São Paulo: Moderna,98)
Ao
abordar uma etapa do desenvolvimento humano, o poema mobiliza diferentes
estratégias de composição. O principal recurso expressivo empregado para a
construção de uma imagem da adolescência é a:
A)
hipérbole do medo.
D)
antítese entre juventude e velhice.
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