Atividade econômica cai 0,40% em outubro, diz Banco Central
Em 12 meses, o indicador ficou positivo em 4,19%
Publicado em 15/12/2021 - 10:03 Por Andreia Verdélio –
Repórter da Agência Brasil - Brasília
A atividade econômica brasileira teve variação negativa em
outubro deste ano, de acordo com dados divulgados hoje (15) pelo Banco Central
(BC). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou
queda de 0,40% em outubro de 2021 em relação ao mês anterior, considerando os
dados dessazonalizados (ajustados para o período). O índice chegou a 136,87
pontos.
Na comparação com outubro de 2020, houve redução de 1,48%
(sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais). No
trimestre encerrado em outubro, comparado com os três meses anteriores, a queda
foi de 0,94%. Na comparação com o período de agosto a outubro do ano passado,
IBC-Br teve crescimento de 1,06%.
Alta do Indicador
No acumulado do ano, foi registrada alta de 4,99%. E em 12
meses encerrados em outubro, o indicador também ficou positivo, em 4,19%.
O índice é uma forma de avaliar a evolução da atividade
econômica brasileira e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de
juros, a Selic, definida atualmente em 9,25% ao ano. O IBC-Br incorpora
informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: a indústria,
o comércio e os serviços e a agropecuária, além do volume de impostos.
Entretanto, o indicador de atividade oficial é o Produto
Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país), calculado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No terceiro
trimestre deste ano, o PIB recuou 0,1%. Na comparação com o terceiro trimestre
de 2020, o indicador registrou uma alta de 4% e, em 12 meses, acumulou alta de
3,9%.
A última estimativa do Ministério da Economia para o PIB, divulgada
no mês passado, é de crescimento de 5,1% em 2021. Já a projeção do mercado
financeiro para o crescimento da economia deste ano está em 4,65%.
Em 2020, em meio à pandemia de covid-19, o PIB do Brasil
caiu 4,1%, totalizando R$ 7,4 trilhões. Foi a maior queda anual da série do
IBGE, iniciada em 1996 e que interrompeu o crescimento de três anos seguidos,
de 2017 a 2019, quando o indicador acumulou alta de 4,6%.
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