Copom
aumenta taxa básica de juros para 9,25% ao ano
Esta é a
sétima alta consecutiva
Publicado em
08/12/2021 - 18:51 Por Agência Brasil - Brasília
Com o aumento
da inflação, o Banco Central fez mais um ajuste nos juros básicos para tentar
segurar a alta dos preços. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária
(Copom) elevou hoje (8) a taxa básica de juros, a Selic, de 7,75% para 9,25% ao
ano. A decisão era esperada por analistas do mercado financeiro.
Esse foi o
sétimo reajuste consecutivo na taxa Selic, depois de passar seis anos sem
elevação. De março a junho, o Copom elevou a taxa em 0,75 ponto percentual em
cada encontro. No início de agosto, o BC passou a aumentar a Selic em 1 ponto a
cada reunião. Na última reunião, em outubro, o reajuste chegou a 1,25 ponto
percentual.
Inflação
A Selic é o
principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação
oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em
outubro, o índice ficou em 1,25%, o maior para o mês desde 2002 (1,31%). Em 12
meses, o IPCA chegou a 10,67%.
Para o mercado
financeiro, o IPCA deve chegar a 10,18%, neste ano. Tanto o resultado em 12
meses quanto a previsão para o ano estão acima do teto da meta de inflação para
o ano. Para 2021, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou a meta de inflação
em 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Ou seja, o limite
superior é 5,25% e o inferior, 2,25%.
Crédito
mais caro
A elevação da
taxa Selic ajuda a controlar a inflação. Isso porque juros maiores encarecem o
crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais altas
dificultam a recuperação da economia.
Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.
A taxa básica
de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de
Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de
juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso
de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito
e estimulam a poupança.
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