IBGE: Florianópolis, Vitória e Campinas são metrópoles
brasileiras
Rio foi a região que mais perdeu relevância em seu contexto
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Publicado em 15/12/2021 - 10:44 Por Ana Cristina Campos –
Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
Florianópolis, Vitória e o município paulista de Campinas
são as três novas metrópoles brasileiras, de acordo com o estudo Divisão Urbano
Regional 2021, divulgado hoje (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Com essa nova configuração, o número de metrópoles passou
de 12, em 2013, para 15.
O levantamento fornece uma visão regional do Brasil,
identificando e delimitando novos desenhos regionais, as Regiões de Articulação
Urbana. Todas as regiões identificadas são formadas a partir de uma cidade que
comanda a sua região, estabelecendo relacionamentos entre agentes e empresas
nos respectivos territórios. As Regiões de Articulação Urbana identificadas
neste estudo tiveram como base os resultados da pesquisa Regiões de Influência
das Cidades - Regic 2018.
“O surgimento de novas centralidades em áreas já ocupadas
por antigas metrópoles é apenas um dos aspectos que podem ser percebidos pela
análise temporal dos recortes territoriais elaborados”, aponta o levantamento.
Rio de Janeiro
A análise mostrou que nenhuma outra região ampliada no
Brasil passou por alterações tão expressivas quanto a do Rio de Janeiro. “A
região ampliada da metrópole fluminense vem passando por um momento de
contração que, em parte, pode ser justificado pela emergência de Vitória à
condição de metrópole, bem como pela maior polarização da área de influência de
Belo Horizonte. Assim, o Rio de Janeiro, apesar de ser uma das metrópoles mais
antigas e consolidadas do país, perdeu, ao longo dos últimos anos, áreas que
tradicionalmente estavam a ela relacionadas, como o arranjo populacional de
Juiz de Fora (MG)”.
Segundo o IBGE, outro destaque é a retração da região
ampliada de São Paulo, rivalizada pelas regiões de Belo Horizonte e de
Curitiba. “Além deles, a ascensão do arranjo populacional de Campinas (SP),
centralizando uma região ampliada restrita, impactada pela proximidade da
capital paulista, mas relevante o suficiente para impulsionar movimentos mais
amplos de atratividade para uma população dispersa por cidades próximas, é
outra alteração que comprova a dinamicidade da rede urbana, mesmo em seus
pontos mais antigos e consolidados”, diz o estudo.
Também chama a atenção o fato de Brasília e Goiânia, junto
com Anápolis (GO), formarem um eixo dinâmico e fortalecem suas participações na
Região Centro-Oeste e em âmbito nacional pelo fato de Brasília ser a capital.
Segundo a analista da pesquisa, Maria Monica O'Neill, o estudo identificou metrópoles que perderam protagonismo e passaram a dividir o espaço que ocupavam com outros centros urbanos. “Observamos o surgimento de Florianópolis como metrópole o que inseriu uma nova região comandada pela capital catarinense entre Curitiba e Porto Alegre. Anteriormente, esses espaços eram divididos entre Curitiba e Porto Alegre”, disse a pesquisadora.
Outra mudança importante em relação a 2013 é o fato de Belo
Horizonte capturar a influência sobre as cidades do Triângulo Mineiro e Juiz de
Fora, que tradicionalmente faziam parte das regiões ampliadas de São Paulo e do
Rio de Janeiro, respectivamente.
Região Nordeste
Na Região Nordeste, a centralidade da capital pernambucana
aparece alargada na comparação com a edição do estudo realizado em 2013. “Na
presente edição, vastas porções do território brasileiro, como a região
intermediária de Mossoró (RN), ao norte, capturada de Fortaleza; e o estado de
Sergipe, ao sul, que sai da influência de Salvador, ilustram a relevância atual
da centralidade de Pernambuco, efetivada pela área da região ampliada de
Recife”, aponta o IBGE.
O estudo ainda mostra a consolidação da importância da
região denominada Matopiba, formada por áreas majoritariamente de cerrado nos
estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. O analista do IBGE, Mauricio
Silva, destacou que a pesquisa demonstra o fortalecimento das cidades ao longo
do eixo Manaus-Belém em função do agronegócio.
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