QUESTÃO
SOBRE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – LITERATURA ENEM 2018.2
A
ascensão das novas tecnologias de comunicação causou alvoroço, quando não gerou
discursos apocalípticos acerca da finitude dos objetos nos quais se ancorava a
cultura letrada. As atenções voltaram-se, sobretudo, para o mais difundido de
todos esses objetos: o livro impresso. A crer nesses diagnósticos sombrios, os
livros e a noção romântica de autoria estavam fadados ao desaparecimento. O
triunfo do hipertexto e a difusão dos e-books inscreveriam um marco na linha do
tempo, semelhante aos daqueles suscitados pelo advento da escrita e da
“revolução do impresso”. Decerto porque as mudanças no padrão tecnológico de
comunicação alteram práticas e representações culturais. Contudo, os
investigadores insistem que uma perspectiva evolutiva e progressiva acaba por
obscurecer o fato de que as normas, as funções e os usos da cultura letrada não
são compartilhados de maneira igual, como também não anulam as formas precedentes.
Apesar
dos avanços, a história da leitura não pode restringir seu interesse ao livro,
tendo de considerar outras formas de impresso de ampla circulação e suportes de
textos não impressos. Isso é particularmente relevante no Brasil, onde a
imprensa aportou tardiamente e o letramento custou a se espalhar pela
sociedade.
(SCHAPOCHNIK,
N. Cultura letrada: objetos e práticas – uma introdução. In: ABREU, M.;
SCHAPOCH-NIK, N. (Org.). Cultura letrada no Brasil: objetos e práticas.
Campinas: Mercado das Letras, 2005)
Nesse
texto, ao abordar o desenvolvimento da cultura letrada no país, o autor defende
a ideia de que:
A)
livros eletrônicos revolucionam ações de letramento.
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