1. (FGV 2017)
Texto 1 – Preâmbulo
O cristianismo impregna, com
maior ou menor evidência, a vida cotidiana, os valores e as opções estéticas
até mesmo dos que o ignoram. Ele contribui para o desenho da paisagem dos
campos e das cidades. Às vezes, ganha destaque no noticiário. Contudo, os conhecimentos
necessários à interpretação dessa presença se apagam com rapidez. Com isso, a
incompreensão aumenta.
Admirar o monte Saint-Michel e
os monumentos de Roma, de Praga ou de Belém, deleitar-se com a música de Bach
ou de Messiaen, contemplar os quadros de Rembrandt, apreciar verdadeiramente
certas obras de Stendhal ou de Victor Hugo implica poder decifrar as
referências cristãs que constituem a beleza desses lugares e dessas
obras-primas. Entender os debates mais recentes sobre a colonização, as práticas
humanitárias, a bioética, o choque de culturas também supõe um conhecimento do
cristianismo, dos elementos fundamentais da sua doutrina, das peripécias que
marcaram sua história, das etapas da sua adaptação ao mundo.
Foi nessa perspectiva que nos
dirigimos a eminentes especialistas. Propusemos a eles que pusessem seu saber à
disposição dos leitores de um vasto público culto. Isso, sem o peso da
erudição, sem o emprego de um vocabulário excessivamente especializado, sem
eventuais alusões a um suposto conhecimento prévio, que não tem mais uma
existência real, e, claro, sem intenção de proselitismo. ( História do
Cristianismo , org. Alain Corbin. São Paulo: Martins Fontes. 2009. p.XIII).
Segundo o autor do texto 1, a
qualidade que NÃO vai estar presente em seu livro é:
A)
divulgação clara de conhecimentos;
2. (FGV 2017) Abaixo
de uma foto da guerra na Síria, o jornal Folha de São Paulo , de 05/04/2017,
escreveu o seguinte:
O problema de construção dessa
frase é:
A) a
falta de paralelismo;
3. (FGV 2017)
Texto 3 – “Silva, Oliveira,
Faria, Ferreira... Todo mundo tem um sobrenome e temos de agradecer aos romanos
por isso. Foi esse povo, que há mais de dois mil anos ergueu um império com a
conquista de boa parte das terras banhadas pelo Mediterrâneo, o inventor da
moda. Eles tiveram a ideia de juntar ao nome comum, ou prenome, um nome.
Por quê? Porque o império
romano crescia e eles precisavam indicar o clã a que a pessoa pertencia ou o
lugar onde tinha nascido”. (Ciência Hoje, março de 2014)
“Foi esse povo, que há mais de
dois mil anos ergueu um império com a conquista de boa parte das terras
banhadas pelo Mediterrâneo, o inventor da moda”.
A afirmação correta sobre os
componentes desse segmento do texto 3 é:
A) o
termo “moda” se refere às vestimentas usadas num determinado momento da
história;
4. (FGV 2017)
TEXTO 1 – CHINA
Estou há pouco mais de dois
anos morando na China, leitor, e devo dizer que a minha admiração pelos
chineses só tem feito crescer. É um país que tem coesão e rumo, como notou o
meu colega de coluna neste jornal Cristovam Buarque, que passou recentemente
por aqui.
Coesão e rumo. Exatamente o
que falta ao nosso querido país. E mais o seguinte: uma noção completamente
diferente do tempo. Trata-se de uma civilização milenar, com mentalidade
correspondente. Os temas são sempre tratados com uma noção de estratégia e
visão de longo prazo. E paciência. A paciência que, como disse Franz Kafka, é
uma segunda coragem.
Nada de curto praxismo, do
imediatismo típico do Ocidente, que têm sido tão destrutivos e desagregadores.
Esse traço do chinês é até
muito conhecido no resto do mundo. Há uma famosa observação do
primeiro-ministro Chou En-Lai, muito citada, que traduz essa noção singular do
tempo. Em certa ocasião, no início dos anos 1970, um jornalista estrangeiro
lançou a pergunta: “Qual é afinal, primeiro-ministro, a sua avaliação da
Revolução Francesa?” Chou En-Lai respondeu: “É cedo para dizer”.
Recentemente, li aqui na China
que essa célebre resposta foi um simples mal-entendido. Com os percalços da
interpretação, Chou En-Lai entendeu, na verdade, que a pergunta se referia à
revolta estudantil francesa de 1968! Pronto. Criou-se a lenda.
Pena que tenha sido um
mal-entendido. Seja como for, é indubitável que para os chineses o tempo tem
outra dimensão. Para uma civilização de quatro mil anos ou mais, uma década tem
sabor de 15 minutos. ( O Globo , 15/9/2017)
“Coesão e rumo. Exatamente o
que falta ao nosso querido país”. Sobre esse segmento do texto 1, é correto
afirmar que:
A) as
duas palavras iniciais representam a mesma coisa, daí que o texto expresse no
singular “o que falta”;
5. (FGV 2017)
“A produção industrial do país
subiu 0,1% em fevereiro na comparação com o mês anterior, informou o IBGE.
O resultado indica que o setor
entrou em fase de estabilidade após forte recessão. Ficou, no entanto, abaixo
da expectativa do mercado, de elevação de 0,5%.
Nos últimos 12 meses, a
retração acumulada na indústria é de 4,8%”. ( Folha de São Paulo , 05/04/2017).
A afirmativa correta sobre o
texto acima é:
A) a
comparação que serve de base para a pesquisa é feita entre os dois últimos
meses de fevereiro (2017/2016);
6. (FGV 2017)
Um jornal carioca anunciava
aos turistas na cidade: Pesquisa da UFRJ mostrou que as praias do Rio não estão
poluídas, por isso todos podem frequentá-las.
Nesse caso, o raciocínio se
apoia numa premissa que é um(a):
A) fato;
7. (FGV 2017)
Texto 3 - “A ética lida com
aquilo que pode ser diferente do que é. O terremoto que aniquila uma comunidade
ou a leucemia que destrói a vida de um jovem provocam em nós um sentimento
íntimo de revolta, mas não se prestam à condenação moral. São eventos naturais,
determinados por mecanismos causais inerentes ao mundo físico e que independem
por completo da vontade e escolha humanas. Podemos, é claro, evitar a construção
de cidades em áreas de risco e buscar a cura da leucemia; ou aceitar
estoicamente os fatos; ou rezar. Mas seria absurdo supor que eventos como estes
possam ser diferentes do que são”. (Eduardo Giannetti, Vícios privados,
benefícios públicos? São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 19)
O texto 3 de Giannetti fala de
“aceitar estoicamente os fatos”; isso significa:
A)
aceitar a tragicidade da vida com resignação religiosa;
8. (FGV 2017)
Texto 4 – ANIMAIS, NOSSOS
IRMÃOS
“Desde o início da vida no
planeta Terra, muitas são as espécies animais que foram extintas por vários
motivos.
Atualmente, quando se
mencionam ‘espécies em extinção’, afloram as várias atividades humanas que as
provocaram, ou estão provocando.
Dentre essas ações, as
principais talvez sejam:
l) a caça predatória de
animais de grande porte e de alguns animais menores; todos esses animais, de
uma forma ou de outra, rendem expressivos lucros;
ll) a descuidada aplicação dos
chamados ‘defensivos agrícolas’ ou agrotóxicos, desestabilizando completamente
o ecossistema;
lll) as grandes tragédias
provocadas também pela incúria humana como os incêndios florestais e
derramamento de petróleo cru nos mares;
lV) o desmatamento de grandes
áreas, fator de cruel desalojamento dos habitats de incontáveis espécies animais”.
(Eurípedes Kuhl)
A finalidade básica do texto 4
é:
A) denunciar os erros humanos
que concorrem para a extinção de algumas espécies animais;
B)
informar os processos que são empregados pelos homens para a extinção de
algumas espécies;
9. (FGV 2017)
Um shopping mostrava o
seguinte aviso na entrada de um dos seus elevadores: ‘É permitida a entrada de
cães no elevador social e de serviço, apenas”.
A redação do texto mostra
problemas estruturais, mas depreende-se do texto e da situação, que:
A) cães
não podem entrar nas lojas ou andar pelos corredores;
C) os
donos de cães só podem subir com os animais pelo elevador de serviço;
10. (FGV 2017)
Texto 2
Na entrevista de um jornal
mineiro apareciam os depoimentos de dois jovens:
Jovem 1 – Uma luta de boxe é
muito mais chocante quando a gente está presente no ginásio. Nós vemos os
golpes e é divertido ver um deles cair à sua frente. Na TV não tem emoção .
Jovem 2 – Numa luta de boxe,
as câmeras filmam todos os detalhes. Quando um dos lutadores é ferido, o sangue
é mostrado na nossa cara. É impressionante. Ver a luta de perto não é a mesma
coisa, os espectadores não veem nada .
No texto 2, ambas as respostas
dos jovens apresentam opiniões como argumento; o segmento que NÃO se inclui
entre os opinativos é:
A) Uma
luta de boxe é muito mais chocante...
0 Comentários