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SIMULADO RECONHECIMENTO DE TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS CENSO 2022

 



1. (FGV 2021) “A vida é a arte de tirar conclusões suficientes de premissas insuficientes.”
Essa definição de “vida” apela para uma relação com o seguinte modo de organização discursiva:
Alternativas
A) dissertativo-argumentativo;
B) dissertativo-expositivo;
C) descritivo;
D) narrativo;
E) injuntivo.

 
2. (FGV 2021) A frase abaixo que exemplifica um texto descritivo é:
A) Quem não for belo aos vinte anos, forte aos trinta, esperto aos quarenta e rico aos cinquenta, não pode esperar ser tudo isso depois;
B) O envelhecimento ocorre apenas dos 25 aos 30 anos. O que se obtém até esse momento é o que se conservará para sempre;
C) Eu era criança, era pequeno e era cruel;
D) Deve-se o maior respeito à criança;
E) A juventude deve ser domada com a razão, não com a força.


 
3. (FGV 2019) O segmento textual abaixo que deve ser classificado predominantemente como dissertativo-argumentativo é:
Alternativas
A) “A cozinha feliz, que consiste no casamento de produtos naturais, um com o outro, é a antítese da cozinha feita para impressionar”;
B) “Restaurante sofisticado: aquele que serve comida fria de propósito”;
C) “Aprendi que esparramar as ervilhas no prato dá a impressão de que você comeu mais e, por isso, eu as esparramei”;
D) “Eu cozinho com vinho, às vezes até mesmo acrescento comida a ele”;
E) “A comida era belíssima: folhas verdes com cenouras amarelas, cercadas de carne vermelha e pimentão verde”.


 
4. (FGV 2019) Abaixo aparecem indicados tipos diversos de textos; entre eles, o tipo que apresenta um modelo adequado é:
Alternativas
A) tipo informativo: livros escolares;
B) tipo normativo: regulamentos de prédios;
C) tipo publicitário: bulas de remédios;
D) tipo didático: requerimentos;
E) tipo instrucional: orações religiosas.

5. (FGV 2021) Assinale a opção que indica o texto publicitário que se utiliza de uma marca específica do texto poético tradicional.
Alternativas
A) Não tenho tudo que amo, mas já entrei na fila.
B) Ligue, antes que cortem nossos telefones.
C) Ruim por ruim, vote em mim.
D) Quem compra a imitação, merece-a.
E) Quem ousa, vence.

 


6. (FGV 2018) “Os turistas visitaram o Corcovado, conheceram a floresta da Tijuca, telefonaram para seus parentes na Suíca, passearam de bondinho no Pão de Acúcar e tomaram caipirinha na beira da praia de Copacabana”.
A marca desse segmento textual que faz com que ele não possa ser considerado como narrativo é:
A) todas as ações são praticadas pelos mesmos personagens.
B) a inexistência de qualquer conflito entre os personagens.
C) a ausência de indicações de localização de tempo.
D) as ações citadas não obedecerem a uma sequência.
E) a não ocorrência de mudanças de tempos verbais.


 
7. (FGV 2018)
TEXTO - Ressentimento e Covardia
Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da internet, que se ressente ainda da falta de uma legislação específica que coíba não somente os usos mas os abusos deste importante e eficaz veículo de comunicação. A maioria dos abusos, se praticados em outros meios, seriam crimes já especificados em lei, como a da imprensa, que pune injúrias, difamações e calúnias, bem como a violação dos direitos autorais, os plágios e outros recursos de apropriação indébita.
No fundo, é um problema técnico que os avanços da informática mais cedo ou mais tarde colocarão à disposição dos usuários e das autoridades. Como digo repetidas vezes, me valendo do óbvio, a comunicação virtual está em sua pré-história.
Atualmente, apesar dos abusos e crimes cometidos na internet, no que diz respeito aos cronistas, articulistas e escritores em geral, os mais comuns são os textos atribuídos ou deformados que circulam por aí e que não podem ser desmentidos ou esclarecidos caso por caso. Um jornal ou revista é processado se publicar sem autorização do autor um texto qualquer, ainda que em citação longa e sem aspas. Em caso de injúria, calúnia ou difamação, também. E em caso de falsear a verdade propositadamente, é obrigado pela justiça a desmentir e dar espaço ao contraditório.
Nada disso, por ora, acontece na internet. Prevalece a lei do cão em nome da liberdade de expressão, que é mais expressão de ressentidos e covardes do que de liberdade, da verdadeira liberdade. (Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo , 16/05/2006 – adaptado)
O próprio autor classifica o seu texto no gênero textual denominado “crônica”; a característica desse gênero presente no texto é:
A) uma narrativa de fatos curiosos;
B) uma descrição de cenas interessantes;
C) um comentário de fatos do momento;
D) uma discussão sobre temas polêmicos;
E) uma apreciação crítica de um fato passado.


 
8. (FGV 2018)
Texto 1 – Orgânico por um bom motivo
Chico Junior, O Globo, 25/11/2017 (fragmento)
O mundo caminha para um consumo cada vez maior de alimento orgânico. A Dinamarca, por exemplo, começou há 25 anos uma política agrícola-ambiental que vai torná-la, até 2020, o primeiro país do mundo a ter sua produção de alimentos 100% orgânica. Está conseguindo isso graças a um forte trabalho de conscientização e por intermédio de subsídios aos pequenos agricultores.
Resumidamente, o alimento orgânico também pode ser chamado de agroecológico – a agroecologia pode ser definida como o estudo da agricultura a partir de uma perspectiva ecológica. É aquele produzido de forma sustentável, respeitando-se e não agredindo o meio ambiente e não utilizando fertilizantes químicos e, muito menos, os defensivos agrícolas químicos, os chamados agrotóxicos. Diga-se de passagem que o Brasil é o país que mais usa agrotóxico no mundo, inclusive vários que são proibidos em diversas partes do planeta, banidos da Europa e dos Estados Unidos.
A produção e consumo de orgânicos se dão por duas razões básicas: aumento do que chamamos de consciência ecológica e o desejo de se consumirem alimentos mais saudáveis.
No Brasil caminha-se ainda lentamente, mas caminha-se, o que faz com que os produtos ainda sejam caros e fora do alcance da maioria. Mas o fato é que a produção vem aumentando ano a ano e os preços, de maneira geral, diminuindo.
O segundo parágrafo do texto 1 deve ser classificado, em termos de gênero textual predominante, como:
A) informativo;
B) instrucional;
C) didático;
D) publicitário;
E) injuntivo.

 
9. (FGV 2017)
TEXTO 1 – CHINA
Estou há pouco mais de dois anos morando na China, leitor, e devo dizer que a minha admiração pelos chineses só tem feito crescer. É um país que tem coesão e rumo, como notou o meu colega de coluna neste jornal Cristovam Buarque, que passou recentemente por aqui.
Coesão e rumo. Exatamente o que falta ao nosso querido país. E mais o seguinte: uma noção completamente diferente do tempo. Trata-se de uma civilização milenar, com mentalidade correspondente. Os temas são sempre tratados com uma noção de estratégia e visão de longo prazo. E paciência. A paciência que, como disse Franz Kafka, é uma segunda coragem.
Nada de curto praxismo, do imediatismo típico do Ocidente, que têm sido tão destrutivos e desagregadores.
Esse traço do chinês é até muito conhecido no resto do mundo. Há uma famosa observação do primeiro-ministro Chou En-Lai, muito citada, que traduz essa noção singular do tempo. Em certa ocasião, no início dos anos 1970, um jornalista estrangeiro lançou a pergunta: “Qual é afinal, primeiro-ministro, a sua avaliação da Revolução Francesa?” Chou En-Lai respondeu: “É cedo para dizer”.
Recentemente, li aqui na China que essa célebre resposta foi um simples mal-entendido. Com os percalços da interpretação, Chou En-Lai entendeu, na verdade, que a pergunta se referia à revolta estudantil francesa de 1968! Pronto. Criou-se a lenda.
Pena que tenha sido um mal-entendido. Seja como for, é indubitável que para os chineses o tempo tem outra dimensão. Para uma civilização de quatro mil anos ou mais, uma década tem sabor de 15 minutos. ( O Globo , 15/9/2017)
O texto 1 pode ser incluído no gênero textual do depoimento pessoal; tomando por base o primeiro parágrafo desse texto, NÃO se inclui entre suas características:
A) a presença marcante da 1ª pessoa do singular;
B) a busca da interação com os leitores do jornal;
C) a importância dada à opinião pessoal do enunciador;
D) a preferência por temas de sensibilidade;
E) a preocupação com a certeza dos dados veiculados.


 
10. (FGV 2017)
Texto 2 – Comunicação Política na Suíça
Os cidadãos suíços são convocados a se pronunciar periodicamente, de quatro a cinco vezes por ano aproximadamente, sobre um total de quinze temas da atualidade política. Além de cada uma dessas votações populares, os cidadãos são convidados a dar suas opiniões (votando simplesmente sim ou não) sobre três ou quatro problemas de interesse nacional, aos quais se acrescentam alguns tópicos especiais dos cantões e das comunas. Esse sistema repousa sobre a iniciativa popular e sobre o referendum, que permitem a uma minoria, respectivamente 100.000 cidadãos, no caso da iniciativa popular, e 50.000, no caso do referendum, obrigar o conjunto do país a se interessar sobre o que a preocupa. (Argumentação , Hermès. Paris: CNRS Edições. 2011, p. 58)
O texto 2 representa o modelo didático de textos; sobre a estrutura desse gênero textual, a afirmativa INADEQUADA é:
A) o enunciador do texto detém algum saber;
B) o saber veiculado pelo texto deve ir ao encontro de algum interesse dos possíveis leitores;
C) o texto deve conter elementos de motivação pelo conteúdo veiculado;
D) para sua mais eficiente leitura, o enunciador do texto deve produzi-lo com a preocupação da clareza;
E) a seleção vocabular deve mostrar, por sua especificidade, a competência do enunciador sobre o tema.


 
11. (FGV 2017)
O texto a seguir foi retirado de uma Carta do Leitor do jornal O Globo, de 13 de setembro de 2017.
A respeito da reportagem sobre o valor das delações premiadas, devo dizer que a achei parcial e de pouco valor informativo.
A marca que NÃO está presente nesse gênero textual é:
A) expressar opiniões dos leitores sobre assuntos publicados;
B) utilizar-se de linguagem próxima à do jornal;
C) pretender elogiar ou criticar determinada matéria;
D) exibir inteligência e cultura do autor da carta;
E) marcar a imparcialidade do jornal na publicação.


 
12. (FGV 2017)
Texto
Um diário de uma adolescente dizia em uma de suas páginas: “Ontem eu e Gui fomos no cinema, mas a gente não gostou muito do filme; foi bom pq a gente tava junto. Na volta, comemos a pizza de sempre, na esquina de casa, onde tem mais segurança. Dormi cedo, logo que ele me deixou”.
Sobre esse gênero textual, a afirmativa adequada é:
A) escrito na primeira pessoa do plural por tratar-se de dois enunciadores;
B) composto em linguagem informal, de modo que sirva de documentação futura;
C) registro de experiências pessoais a fim de servir de aprendizado para outros;
D) relato de fatos individuais cuja única finalidade é o deleite do próprio enunciador;
E) interpretação afetiva de acontecimentos passados para guardá-los da ação do tempo.


 
13. (FGV 2016)
Texto I
A leitura literária e o ensino de literatura
Segundo Aguiar e Bordini (1988), o livro é o instrumento que expressa todo e qualquer conteúdo humano individual e social de forma cumulativa. A partir da leitura, o indivíduo é capaz de compreender melhor sua realidade e seu papel como sujeito nela inserido. Os textos, especialmente os literários, são capazes de recriar as informações sobre a humanidade, vinculando o leitor aos indivíduos de outros tempos. Nas palavras de Larrosa (2000), ler consiste em ver as coisas diferentes, coisas dantes nunca vistas, entregar-se ao texto, abandonar-se nele e não apenas apropriar-se dele para nossos fins. As pessoas crescem lendo e são permanentemente leitoras em formação, recebendo a cada etapa de sua vida uma nova carga significativa para os conhecimentos já acumulados por suas leituras anteriores.
Um texto não é um objeto fixo em um momento histórico; ele lança seus sentidos e tem sua continuidade nas composições de leitura que suscita. Não cabe ensinar literatura perguntando apenas “ O que o texto pode querer dizer ?”, mas sim, e especialmente, “ Como o texto funciona em relação ao que quer dizer ?”. O leitor ou interlocutor interage com o texto, constrói sentidos, expõe suas relações com a língua, exterioriza seus conhecimentos prévios, preconceitos, pontos de vista. Ao final de cada leitura, o texto já é um novo texto.
(ZAFALON, Miriam. A leitura e o ensino da Literatura no Nível Médio.
Tese de Mestrado. UEM)
O gênero textual que caracteriza o texto I tem a seguinte marca:
A) a utilização sem preconceito da linguagem coloquial.
B) a argumentação apoiada em especialistas da área de estudo.
C) a linguagem como discurso e processo de interação.
D) a exposição cronológica dos fatos.
E) a estratégia de motivação do leitor para a leitura.


 
14. (FGV 2015)
Texto 5 – “Dona Custódia não tinha ar de empregada: era uma velha mirrada, muito bem arranjadinha, mangas compridas, cabelos em bandó num vago ar de camafeu – usava mesmo um fechando-lhe o vestido ao pescoço. Mas via-se que era humilde e além do mais impunha dentro de casa certo ar de discrição e respeito...”. (Fernando Sabino)
O texto 5 deve ser caracterizado como:
A) argumentativo com tese de caráter pessoal;
B) narrativo com segmentos descritivos;
C) descritivo com segmentos narrativos;
D) narrativo com caráter histórico;
E) descritivo com caracterização física e psicológica.


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