Homens da Inglaterra, por que arar para os
senhores que vos mantem na miséria?
Por que tecer com esforços e cuidado as ricas
roupas que vossos tiranos vestem?
Por que alimentar, vestir e poupar do berço
até o túmulo esses parasitas ingratos que exploram vosso suor — ah, que bebem
vosso sangue?
(SHELLEY. Os homens da Inglaterra. História da
Riqueza do Homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1982)
A análise do trecho permite identificar que o
poeta romântico Shelley (1792-1822) registrou uma contradição nas condições
socioeconômicas da nascente classe trabalhadora inglesa durante a Revolução
Industrial. Tal contradição esta identificada:
A) na pobreza dos empregados, que estava dissociada da riqueza dos
patrões.
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