
9. (IDIB 2020) Leia o trecho de D. Harvey (1980, p. 86):
Necessidade é conceito relativo. As
necessidades não são constantes porque elas são categorias da consciência humana
e desde que a sociedade se transforma, a consciência da necessidade
transforma-se também. O problema é definir exatamente em que a necessidade é
relativa, e entender como as necessidades surgem. As necessidades podem ser
definidas a respeito de um número de diferentes categorias de atividade –
permanecendo estas completamente constantes no tempo; podemos enumerar nove
delas: 1 alimento, 2 habitação, 3 cuidados médicos, 4 educação, 5 serviço
social e ambiental, 6 bens de consumo, 7 oportunidades de lazer, 8 amenidades
de vizinhança, 9 facilidades de transporte. (HARVEY, David. A Justiça Social e
a Cidade. Hucitec 1980, p. 86).
O argumento de D. Harvey sobre o que é
necessidade, pode representar um processo específico da cidade capitalista que
produz desigualdades e injustiças sociais, principalmente em metrópoles e
cidades de países latino-americanos:
A) A revaloração
do espaço, que considera as necessidades dos equipamentos urbanos para atribuir
novos valores às porções do espaço.
B) A expansão
urbana, considerando as necessidades como eixos de vetores de configuração
territorial e arranjo de infraestrutura.
C) A
verticalização, que atribui valores de uso e de troca para um único espaço da
cidade, transformando todos os equipamentos urbanos de necessidade em
mercadoria.
D) A segregação socioespacial, que afasta os
sujeitos dos serviços públicos essenciais, bem como indica a diferenciação da
estratificação social.
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