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A Terceira Revolução Industrial

 


A Terceira Revolução Industrial

A Terceira Revolução Industrial, conhecida também como revolução técnico-científica, teve início na segunda metade do século XX. Foi impulsionada pela crise econômica dos anos 1930, que levou ao desenvolvimento de novas tecnologias, muitas delas inicialmente aplicadas na Segunda Guerra Mundial. Após a guerra, essas tecnologias foram adaptadas para uso civil em diversos setores, como farmacêutico, químico, informática e agricultura, com a introdução de fertilizantes, defensivos e máquinas agrícolas, sendo amplamente utilizadas em várias partes do mundo.

Na América Latina, a chegada e estabelecimento de empresas multinacionais desencadeou uma era de desenvolvimento econômico que teve um papel fundamental na transição de alguns países, como o Brasil e a Argentina, para uma nova dinâmica internacional de trabalho (DIT). A vinda de investimentos estrangeiros e a instalação de empresas multinacionais abriram portas para a industrialização e modernização dessas economias, impulsionando o crescimento econômico e a integração na economia global.

A crise econômica que assolou os anos 1970 foi agravada pelos impactos dos choques do petróleo em 1973 e 1979, o que gerou uma crescente demanda por avanços tecnológicos como uma estratégia para superar os desafios econômicos. Nesse contexto, o Japão emergiu como líder ao adotar uma abordagem inovadora e intensiva no uso de novas tecnologias como meio de aumentar a lucratividade e consolidar sua posição no cenário mundial.

No período em questão, foi observada uma significativa expansão geográfica do capitalismo industrial em direção ao Oriente, com destaque para países como Japão, China e os chamados "Tigres Asiáticos". Essa expansão foi acompanhada por uma nova forma de organização do trabalho, conhecida como toyotismo, que se mostrou altamente produtiva e eficiente.

A Terceira Revolução Industrial está intrinsecamente ligada ao progresso e avanço de diversos ramos tecnológicos, como a robótica, biotecnologia, indústria aeroespacial e tecnologias da informação.

As inovações tecnológicas têm desempenhado um papel fundamental em diversas áreas, possibilitando o aumento da produção de alimentos, a melhoria das condições sanitárias e de saúde, a redução das taxas de mortalidade, entre outros benefícios. Além disso, essas tecnologias têm impulsionado a produtividade do trabalho, resultando em maior rendimento nas colheitas, na produção industrial e na eficiência do setor de serviços, contribuindo assim para o crescimento econômico.

Apesar dos benefícios proporcionados pelas novas tecnologias, é importante ressaltar que elas não são a solução para todos os problemas enfrentados pela humanidade, uma vez que a produção tecnológica ainda ocorre de forma desigual.

A disparidade tecnológica entre as nações tem implicações profundas nas condições de vida e no desenvolvimento econômico. Enquanto países com um alto grau de tecnologia desfrutam de padrões de vida elevados e oportunidades de desenvolvimento, aqueles que se inserem de forma submissa na Divisão Internacional do Trabalho (DIT) enfrentam um agravamento das desigualdades internas e externas. O uso de tecnologia importada, muitas vezes, resulta em desemprego estrutural, levando a um aumento alarmante da pobreza nesses países.

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