Classificação do relevo brasileiro -
Diferentes abordagens
O relevo brasileiro tem sido classificado em
várias ocasiões, à medida que novos estudos geomorfológicos têm gerado novos
conhecimentos e metodologias de divisão do relevo.
Classificação de Aroldo de Azevedo
Desenvolvida pelo geógrafo Aroldo de Azevedo
(1910-1974) na década de 1940, essa classificação é baseada no nível
altimétrico. Superfícies planas abaixo de 200 metros de altitude são
identificadas como planícies, enquanto aquelas acima de 200 metros são
consideradas planaltos. O Brasil é dividido em oito unidades de relevo, sendo
quatro planaltos ocupando 59% do território, e quatro planícies ocupando 41% do
território.
Classificação de Aziz Nacib Ab’Sáber
Criada na década de 1950 pelo geógrafo Aziz
Nacib Ab’Sáber (1924-2012), essa classificação desconsidera o nível altimétrico
e se concentra nos processos geomorfológicos, como erosão e sedimentação.
Assim, planalto é uma superfície dominada pelo processo de desgaste, enquanto
planície é uma área de sedimentação. De acordo com essa classificação, o relevo
brasileiro é dividido em dez unidades: sete planaltos que se espalham por 75%
do território brasileiro e três planícies ocupando os 25% restantes.
Classificação de Jurandyr Ross
Criada na década de 1990 pelo professor da
USP, Jurandyr Ross, essa é a classificação mais recente e é baseada em
fotografias aéreas do projeto Radambrasil, captadas por radar entre 1970 e
1985. O critério de divisão também é baseado em processos geomorfológicos,
subdividindo o relevo brasileiro em 28 unidades, sendo 11 planaltos, 11
depressões e 6 planícies.
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