Região Centro-Oeste: clima
e vegetação
A região Centro-Oeste do
Brasil é caracterizada pelo clima tropical continental, uma vez que não possui
saída para o mar. Apesar disso, algumas áreas apresentam variações climáticas,
incluindo o equatorial, subtropical e tropical de altitude. O clima tropical
continental, predominante na região, tem duas estações bem definidas: uma seca
(inverno) e uma chuvosa (verão). Os períodos mais chuvosos concentram-se de
novembro a março, com uma estiagem entre maio e setembro, abrangendo quase toda
a região, com algumas exceções.
No norte do Mato Grosso, o
clima equatorial se faz presente, com chuvas intensas durante o ano devido à
influência da Floresta Amazônica e à evapotranspiração das árvores. As altas
temperaturas decorrem da proximidade com a Linha do Equador. O clima subtropical
é encontrado no extremo sul de Mato Grosso do Sul, com quatro estações bem
definidas, invernos rigorosos devido à massa polar atlântica, verões quentes e
chuvas regulares ao longo do ano.
A região sul de Mato
Grosso do Sul e relevos mais altos no Mato Grosso, como na Chapada dos
Guimarães, apresentam o clima tropical de altitude, caracterizado por
temperaturas amenas. A diversidade climática da região Centro-Oeste contribui
para uma vegetação variada, beneficiada pela incidência de raios solares e
clima quente. Três biomas merecem destaque: Cerrado, Pantanal e Floresta
Amazônica.
O Cerrado, típico da
região, estende-se por Tocantins, Minas Gerais e Maranhão. Adaptado a climas
tropicais, possui solos pouco férteis e árvores de pequeno e médio porte, com
raízes profundas para buscar água no subsolo. O termo "floresta invertida"
é utilizado devido às raízes, muitas vezes, maiores que a parte exposta. O
desmatamento causado pela expansão agropecuária ameaça a biodiversidade dessas
áreas.
Na região oeste e norte de
Mato Grosso, a Floresta Amazônica é marcada por altas temperaturas e chuvas
abundantes. O Parque Nacional do Xingu, localizado nessa área, representa um
importante espaço de preservação florestal e nativa, atuando como uma transição
entre o Cerrado e a Amazônia.
O Pantanal, presente no
oeste de Mato Grosso do Sul e sudoeste de Mato Grosso, destaca-se pela
vegetação variada, influenciada pelo grau de umidade e inundações sazonais.
Esses biomas, no entanto, enfrentam ameaças significativas devido à expansão
agropecuária, colocando em risco a sobrevivência de várias espécies da fauna. O
desafio é encontrar um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a
preservação desses ecossistemas únicos.
Elaborado com base em:
Brasil Escola – Região Centro-Oeste
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