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Região Centro-Oeste: relevo e hidrografia

 


Região Centro-Oeste: relevo e hidrografia

O Centro-Oeste do Brasil apresenta uma diversidade significativa em seu relevo, composto por três principais unidades: planaltos, depressões e planícies. Essas características geográficas moldaram-se ao longo da Era Cenozoica, resultando em formações antigas que passaram por extensos processos erosivos. Destacam-se as planícies na região, especialmente o Pantanal mato-grossense, que desempenha um papel crucial na economia local devido às práticas agrícolas e pecuaristas.

Entre os planaltos notáveis do Centro-Oeste, merecem destaque a Chapada dos Parecis, na região central-norte de Mato Grosso; a Chapada dos Guimarães, também em Mato Grosso; e a Chapada dos Veadeiros, em Goiás. Essas elevações apresentam altitudes variando de 300 m a 1200 m, contribuindo para a diversidade do relevo na região.

As depressões, por sua vez, são reconhecidas por abrigar leitos de rios importantes, como a depressão do Araguaia, que acompanha os vales do rio Araguaia, e a depressão do Tocantins, onde fluem as águas do rio Tocantins.

A planície do Rio Araguaia, que forma a ilha do Bananal na divisa de Tocantins com Goiás, destaca-se como uma área relativamente plana, com altitudes variando de 0 m a 200 m. Essa planície é essencial para atividades econômicas na região, além de proporcionar uma paisagem única.

Graças ao relevo e à localização estratégica, o Centro-Oeste é berço de rios fundamentais que alimentam diversas áreas do país, impactando estados tanto do Sul quanto do Norte do Brasil. Três importantes bacias hidrográficas convergem na região: Tocantins-Araguaia, Bacia Platina e Amazônica.

A Bacia Platina se divide em duas bacias hidrográficas, sendo uma delas a do rio Paraná e a outra a do rio Paraguai.

A bacia Tocantins-Araguaia é responsável por alimentar todos os estados da região, com exceção de Mato Grosso do Sul. O rio Araguaia, um dos principais afluentes do Tocantins, nasce em Goiás, contribuindo significativamente para essa bacia.

Mato Grosso do Sul abriga a bacia hidrográfica do Paraguai, que percorre também o estado do Mato Grosso. O rio Paraguai, principal curso d'água dessa bacia, tem sua origem na Chapada dos Parecis, em Mato Grosso, fluindo no sentido norte-sul até desaguar no Paraguai, em direção ao oceano Atlântico.

A presença da bacia Amazônica é notável no Mato Grosso, especialmente na região centro-norte, com destacados afluentes como o rio Xingu. Essa área caracteriza-se por um clima quente e úmido, abrigando uma rica biodiversidade terrestre e aquática. Apesar do potencial turístico e da pesca, a região enfrenta desafios como o desmatamento e a expansão agrícola, ameaçando sua preservação.

Elaborado com base em: Brasil Escola – Região Centro-Oeste

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