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Região Nordeste: ocupação territorial

 


Região Nordeste: ocupação territorial

A história da ocupação no Brasil remonta aos tempos da colonização portuguesa, que teve início por volta de 1530, concentrando-se inicialmente na região Nordeste. Este ponto estratégico era a porta de entrada dos europeus em nosso vasto território. Durante o século XVI, os portugueses introduziram o cultivo da cana-de-açúcar, um produto altamente valorizado nos mercados do Velho Mundo, como a Europa era conhecida na época.

O sucesso do plantio da cana-de-açúcar foi particularmente notável em áreas nordestinas, especialmente no que hoje corresponde ao estado de Pernambuco. O clima quente e úmido do litoral nordestino, aliado ao solo fértil conhecido como massapé, e a proximidade com os portos europeus foram fatores decisivos para essa prosperidade.

Contudo, esse desenvolvimento estava intrinsecamente ligado à estrutura social da época, marcada pela presença de latifúndios e pelo uso extensivo de trabalho escravo, seja de indígenas ou africanos. A sociedade era hierarquizada, liderada pelos senhores de engenho, que detinham o poder econômico e político.

Esse modelo patriarcal de sociedade, onde o senhor de engenho ditava as regras não apenas em suas fazendas, mas muitas vezes em cidades e estados, deixou um legado que ainda se faz presente nos dias atuais. A concentração de terras e a influência dos grandes fazendeiros na política nordestina são reflexos desse período histórico.

Além da cana-de-açúcar, a criação de gado desempenhou um papel importante no desenvolvimento regional, inicialmente para as atividades de transporte e movimentação dos engenhos, e posteriormente na colonização do interior do Nordeste. Hoje, a pecuária extensiva ainda é uma prática comum no sertão nordestino, caracterizada pelo baixo emprego de tecnologia e pela criação livre do gado.

Na Segunda Revolução Industrial, o cultivo do algodão foi introduzido na região, destinado principalmente à exportação para a Europa, onde alimentava as indústrias têxteis. Esse novo ciclo econômico fortaleceu ainda mais o poder dos latifundiários, que controlavam toda a produção voltada para o mercado externo.

Elaborado com base em: Brasil Escola – Região Nordeste


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