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Região Nordeste: relevo e hidrografia

 


Região Nordeste: relevo e hidrografia

O relevo peculiar da região nordestina desempenha um papel crucial na compreensão dos desafios enfrentados devido à seca. Caracterizada por uma diversidade de planaltos, depressões e planícies, essa área geográfica apresenta um contexto complexo no qual se manifestam os efeitos da escassez de água.

Os planaltos, como a imponente Borborema, erguem-se como verdadeiras muralhas, interceptando os ventos úmidos que sopram do oceano Atlântico. Essa barreira natural força esses ventos a ascenderem, perdendo umidade e resultando na aridez que assola muitas partes do interior nordestino.

Além da Borborema, destacam-se outros relevos notáveis, como a majestosa Chapada Diamantina na Bahia, e os planaltos e chapadas presentes na bacia do rio Parnaíba, como a imponente Serra Grande no Piauí e a misteriosa Chapada das Mangabeiras.

Por outro lado, as depressões sertanejas, situadas ao longo do vale do rio São Francisco, constituem áreas de menor altitude, onde se concentram importantes cursos d'água em meio a um cenário árido e desafiador.

Em relação à hidrografia, destacam-se três grandes bacias: a Parnaíba, a São Francisco e a Tocantins-Araguaia. A bacia do Parnaíba, apesar de seus rios muitas vezes intermitentes, abriga valiosos recursos hídricos subterrâneos, fundamentais para o abastecimento durante os períodos de estiagem.

Entretanto, é o rio São Francisco que se destaca como a principal artéria vital da região. Nasce na Serra da Canastra, em Minas Gerais, e serpenteia por diversos estados nordestinos, garantindo o fornecimento contínuo de água mesmo nos meses mais áridos do ano. Além de seu papel fundamental para o abastecimento humano, o rio São Francisco também impulsiona a geração de energia elétrica, por meio de usinas como a de Moxotó e Sobradinho.

Diante da persistente escassez de água no sertão, projetos ambiciosos, como a transposição do rio São Francisco, estão em curso, buscando levar alívio às comunidades do interior e minimizar os impactos da seca prolongada. Essas iniciativas demonstram a importância de compreender e aproveitar os recursos naturais da região de forma sustentável, em harmonia com seu relevo e hidrografia singulares.

Elaborado com base em: Brasil Escola – Região Nordeste

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