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Região Norte: atividades econômicas


 

Região Norte: atividades econômicas

Na década de 1960, visando impulsionar a economia e promover o povoamento da região Norte do Brasil, o governo implementou órgãos governamentais estratégicos, notadamente a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Esta última, concebida em 1967, emergiu como um poderoso polo industrial situado em Manaus, atraindo grandes multinacionais e gerando um substancial desenvolvimento industrial, além de uma significativa quantidade de empregos para a região.

O complexo industrial abrigado pela Suframa abrange três categorias de atividades, sendo comercial, agropecuária e industrial, sendo esta última a mais proeminente. A Suframa destaca a presença de mais de 600 indústrias no polo, responsáveis pela criação de mais de 500 mil empregos, tanto diretos quanto indiretos. Setores industriais notáveis incluem eletroeletrônicos (celulares, TVs), duas rodas (motocicletas) e química (produção de matéria-prima para refrigerantes). Paralelamente a esse desenvolvimento industrial, coexistem atividades econômicas naturais como agricultura, pecuária, e extrativismo vegetal e mineral.

Na agricultura, destaca-se a produção de pimenta do reino, iniciada pelos japoneses no século passado, e o cultivo da juta, árvore cuja fibra vegetal é utilizada na confecção de tapetes e cordas. A região Norte é a principal produtora de fibras do país, com juta e malva desempenhando papéis cruciais nesse cenário.

A pecuária na região é predominantemente extensiva, com ênfase na pecuária bovina e na criação de búfalos, esta última concentrada no estado do Pará, em áreas alagadas, respondendo por 68% da produção nacional.

O extrativismo vegetal e mineral constitue fontes importantes de renda para a população local. No extrativismo vegetal, destacam-se a extração de madeira nos estados do Pará e Amazonas, bem como a produção diversificada de palmito, açaí e outros vegetais provenientes das árvores locais.

A borracha, embora ainda presente nas atividades extrativistas, não mantém a mesma proeminência do início do século XX, cedendo espaço para a agropecuária. A rica biodiversidade da floresta amazônica atrai a indústria farmacêutica em busca de medicamentos e plantas medicinais, além de fornecer matéria-prima para cosméticos.

A extração mineral, iniciada nos anos 1950 como estratégia de povoamento, destaca-se pelos minérios encontrados na região Norte, como manganês no Amapá, cassiterita em Rondônia, ferro, bauxita, níquel e ouro no Pará, este último com ênfase nas serras dos Carajás e Pelada. A Serra Pelada, especialmente, atraiu numerosos garimpeiros na década de 1980, resultando em desmatamento acelerado e poluição na área.

Elaborado com base em: Brasil Escola – Região Norte

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