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Bioma Caatinga

Caatinga

O bioma da Caatinga abrange aproximadamente 11% do território nacional, ocupando uma área de 844.453 Km². Caracterizado por um clima semiárido, este bioma apresenta uma vegetação adaptada às condições de seca, ao mesmo tempo em que mantém uma rica biodiversidade. A Caatinga se estende por todo o estado do Ceará e se espalha por partes dos estados de Alagoas, Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

As características proeminentes da vegetação na Caatinga compreendem solos rasos e pedregosos, árvores de pequeno porte com troncos sinuosos e espinhos, além de folhas que caem durante os períodos de seca (exceto por algumas espécies, como o juazeiro). Entre as notáveis espécies que se destacam neste bioma, estão as bromélias, o xique-xique, o mandacaru, a embiratanha, a acácia, o juazeiro, a macambira, a maniçoba, o umbu e a mimosa.

A fauna da Caatinga exibe uma notável diversidade, composta por 40 espécies de lagartos, 7 espécies de anfisbenídeos (lagartos sem patas), 45 espécies de serpentes, 4 espécies de quelônios, 1 espécie de Crocodylia, 44 anfíbios anuros e 1 espécie de Gymnophiona.

Dentre os animais emblemáticos desse bioma, destacam-se a ararinha-azul, o sapo-cururu, a onça-parda, o macaco-prego, a asa-branca, a cotia, o tatu-bola, o sagui-do-nordeste, o preá, o tatu-peba, o veado-catingueiro, o sagui-do-nordeste, o guigó-da-caatinga e o jacaré-de-papo-amarelo.

Os ecossistemas da Caatinga estão significativamente transformados devido à substituição das espécies vegetais nativas por cultivos agrícolas e pastagens. O desmatamento e as queimadas continuam sendo práticas frequentes na preparação da terra para a agricultura e pecuária, resultando na degradação da cobertura vegetal.

Segundo dados do IBGE, aproximadamente 27 milhões de pessoas atualmente residem na região do polígono das secas. Nessa área, a exploração econômica foi impulsionada pela extração de madeira, monocultura de cana-de-açúcar e criação de gado em grandes propriedades (latifúndios). Na região da Caatinga, ainda é praticada a agricultura de sequeiro, uma técnica adaptada ao cultivo em terras extremamente áridas.

Órgãos ambientais do governo federal estimam que mais de 46% da extensão da Caatinga já foi desmatada, colocando esse bioma em sério risco de extinção. É crucial destacar que muitas espécies são endêmicas desse ecossistema, o que significa que são exclusivas dessa região e não ocorrem em nenhum outro lugar.

Elaborado com base em: IBF – Bioma Caatinga

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